"Se é triste sentir saudade, muita saudade de alguém, maior infelicidade é não tê-la de ninguem, assim dizia a doce Colombina"
Se copiar textos, atribua os créditos. Os direitos autorais são protegidos pela lei n°9610/98, violá-los é crime.

Isso é mais forte. Isso basta!

Isso é mais forte. Isso basta!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

E de repente eu me deparo em frente a minha realidade

é..agora é eu diante de eu mesma.
É a sensação mais estranha que eu já senti em toda a minha vida, querer que alguém parta e não sentir medo de ficar sozinha, sentir um sentimento bom por ela, mas não querer que ela permaneça, mas quase sem perceber o choro vem.. .Não sei o que ele quer me dizer, não sei se é uma pré-despedida, se é um sinal de futura saudade, se é alívio. Só deixo que as lágrimas purifiquem o meu corpo e que me orientem para o caminho mais certo a seguir. O choro cessou, não durou muito tempo. O que será de mim amanhã? Não sei, eu lhes digo. Só sei o que será de mim hoje, se resume em duas palavras: Carpe Diem

Helena Dornelles

sábado, 21 de janeiro de 2012

Vem.

Vem concertar a minha cama
e colocar os meus quadros na parede.
Vem me fazer tua e saciar a minha sede.
Vem fazer manha pra eu achar engraçado..
diz que sou sua, e que és extremamente apaixonado..
Vem com tua pirraça e tuas caras de bravo,
pra depois eu te cobrir de  beijos em meio ao perdão, pra sermos nós dois em um só coração.
Vem me segurar forte na cintura e me jogar com força no chão e ao mesmo tempo delicadamente
 fazer carinho no meu rosto e olhar nos meus olhos cheio de paixão, me faz tua menina novamente,
 me torna a tua mulher intensamente, que nos teus braços eu viro vitima de alguém que só me quer.
Vem sem preça e com exagero, vem com o teu calor me cobrir de amor,
me beija com emoção, me ame na cama me ame no chão!

Helena Dornelles

"Ao mesmo tempo..

 ..que me deixa sem chão..faz com que eu me sinta segura..
faz com que eu encontre o sentido das cores,
das coisas, da vida..
mesmo eu nao tendo aonde pisar."

Helena Dornelles.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Vou tomar um banho e voltar para Porto Alegre.



Acho que já fiquei tempo suficiente nesta praia deserta para ter certeza que a Helena não volta mais e que já estou pronto para voltar pra casa. O sol já está por trás das dunas e faz um entardecer lindo, apesar da minha cegueira quanto a tudo que possa representar alívio. [..] A água está quente, apesar do chuveiro ser elétrico. Como na época em que brincávamos até tarde, vou deixar que a água escorra lentamente pelo meu corpo arrepiado. Sei que estou lavando mais do que apenas areia salgada que, com o vento, depositou-se em cada centímetro do meu corpo. Estou lavando uma parte da minha vida que começa a ressurgir em cada gesto dessa volta pra casa. A noite chegou e não escuto mais as vozes que me ensurdeciam pela manhã.[...] A estrada escura com os faróis em direção contrária serve de calmante para um eu há pouco tão descontrolado. Já começo a entender tudo, o sonho, a história, a viagem. Existem muitos mecanismos de defesa para administrar um acontecimento indesejado, e o mais comum deles, base para os demais, é mesmo a negação através do esquecimento. A angústia é normal. Quem não é vítima da angústia? A angústia está presente em nós desde o princípio, aquele momento em que deixamos de ser dois corpos em uma pessoa só e nascemos para a busca da outra metade que aos poucos se distancia desde a hora do parto. A individualidade também é razão de angústia. Voamos como as gaivotas da praia num vôo cego ruma à nossa identidade para descobrirmos que não existe nada além de uma construção subjetiva do que somos. Cada carro que passa, nesta estrada de mão dupla, tem uma vida ou mais.[..] Escuto uma voz que vem do quarto como se estivesse realmente ali e aos poucos adormeço, sem mais reencontrar Helena."


Duca Leindecker em - A favor do Vento

A medida em que o tempo passa

vamos nos adaptando a novas realidades e percebendo o real valor de tudo que um dia nos foi dito.
Até as coisas mais absurdas apresentam algum significado com o passar do tempo.
O tempo dá condições para que possamos compreender, nos dá distância para que posssamos enxergar o que de perto é, quase sempre invisível.[...] O tempo passa e a gente acaba não parando pra reavaliar tudo o que rola e os caminhos que a gente toma. Não consigo dormir porque no fundo não quero mesmo, preciso lembrar de algumas coisas antes que eu desista do dia de hoje [...]"


Duca Leindecker em - A favor do vento.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A Caixinha de Música


 
Houve um momento em minha vida, em que a minha caixinha de música, tinha parado de tocar; não sei se foram às pilhas, que com o tempo foram se gastando ou se os meus ouvidos estavam ficando tão surdos, ao ponto de que eu não conseguisse mais ouvi-la tocar.
Então, em um ato quase sem pensado resolvi doá-la, não me importei mais com a dança da bailarina, com a sua textura de veludo por dentro, com as jóias preciosas que ao longo do tempo eu fui ganhando com amor, comprando com esforço... Simplesmente estava agindo como se ela não existisse, como se eu nunca a possuísse; mas dentro de mim eu ainda sentia a música tocar. Cheguei a comprar outras caixinhas de música, mas elas sempre estavam com algum defeito, no inicio pareciam perfeitas, a música soava alto, a bailarina nunca parava de girar, mas não dava mais que uma semana para toda essa alegria de escutá-la acabar, elas pifavam, a bailarina quebrava, o espelho caia, então comecei a entender o significado da minha primeira caixinha de música, aquela antiga e preciosa que eu havia ganhado da vovó, e acabei percebendo que eu havia perdido não somente “uma caixinha de música normal”, havia perdido algo raro, algo insubstituível!
Tentei resgatá-la, procurei em todas as lojas, em todos os artesanatos, mas não a encontrara, fiquei tempos escutando somente o meu choro, e a música dela dentro de mim. Até que houve um dia em que conversando com uma amiga, ela me falou que em uma de suas mudanças de apartamento, ela havia encontrado uma coisa que eu adoraria ver..eis que ela vem com a minha caixinha de música em mãos, ela falou que tinha ido em uma loja de objetos antigos, e que havia ficado fascinada com uma caixinha de música e resolveu levá-la para casa, mas percebeu que nela estava faltando algo, mas não quis devolve-la, ficou com ela mesmo assim, mas como estava sempre indo de um lugar para o outro não tinha notado que com o passar do tempo devido as mudanças de casa, a caixinha tinha ficado mal cuidada, suja, quebrada, mas não quis colocá-la fora; então depois que eu a descrevi ela lembrou-se de que era a mesma. Na mesma hora a agradeci e a levei para casa, na esperança de ouvi-la tocar.
Arrumei a sua pintura, coloquei um espelho novo, concertei a bailarina, limpei seu veludo por dentro, fiz de tudo para com que ela parecesse nova novamente, havia chegado o momento de ouvi-la tocar, mas ela não tocou; faltava a ultima peça, a borboleta, que faz a corda girar e tocar, eis então o motivo que ela nunca tocou completamente com outra pessoa, poderiam até colocar uma outra borboleta para tentar dar corda nela, ela tocava, mas em seguida parava e assim tinham que ficar dando corda e mais corda até com que ela estragasse novamente, mas com a borboleta original dela, a borboleta perfeita, com apenas um giro de corda, ela tocava a noite toda, e embalava os meus mais lindos sonhos de infância, sem precisar de muito! Mais eis a minha pergunta, aonde eu havia colocado a tal borboleta para lhe dar corda?! De que adiantou todo o meu esforço e dedicação em arrumá-la, se a peça chave estava faltando? Seria eu assim, tão incapaz de tê-la para mim, ao ponto de ter que devolve-la ao antiquário que minha avó havia comprado a muito tempo atrás? Não, eu procurei até onde eu pude, procurei em lojas dos mais raros objetos, em oficinas das mais diversas coisas, em lugares onde vendiam as maiores relíquias, e nada da borboleta do encaixe perfeito encontrar. Procurei nos meus objetos de infância, nas minhas caixas de lembranças, procurei até mesmo no sótão e nada de encontrar; resolvi ligar para a vovó, para ver se ela poderia me ajudar, eis então, com sua voz cansada ao telefone ela me fala: - Minha querida e amada neta, não te preocupes em achar a borboleta perfeita para dar enfim a corda na caixinha de música, você não precisa dela para poder sentir a música tocar dentro de você ou então ver a bailarina dançar. Na mesma hora eu a questionei: - Como assim vovó, é impossível fazer a caixinha tocar por mais que alguns instantes se não for com a borboleta perfeita, a senhora vai me desculpar, mas não tem como, eu nunca mais vou ouvi-la.
No mesmo instante comecei a chorar, foi então que vovó me falou uma das coisas que guardo até hoje comigo: - Não chore minha querida, a vida nem sempre nos permite termos tudo o que amamos; possuirmos tudo o que desejamos, às vezes, temos que deixá-los livres para cumprirem com o seu destino, quem sabe a hora da bailarina descansar não chegou, ela te acompanhou por tanto tempo, e te ensinou o valor de muitas coisas, mesmo arranhada, mal cuidada, quebrada, ela esteve ao teu lado, mesmo no momento que você não a quis, ela não deixou de tocar, depois quando a recuperou você fez o que pode; isso não significa que você não a queira ou que não se importe com ela, significa que por amá-la demais não quer que ela se estrague aos poucos dando corda com uma borboleta qualquer, você ainda a quer inteira, renovada, esperando que alguém, algum dia, chegue com a borboleta perfeita, para então ela dar corda e enfim  tocar e dançar sem mal algum.  Fique tranqüila que você não precisa da borboleta perfeita para saber que a música e o embalo dela nunca lhe deixarão, pois eles sempre tocarão dentro de você, ela já faz parte da sua história, faz parte de quem você se tornou hoje, ela fez e sempre fará parte da sua essência e do principal; da sua vida!

Ás vezes é necessário abrirmos mão de algo que amamos para o próprio bem desse algo, seja um amor, um familiar, um sentimento, um amigo. Isso não quer dizer que ao fazer tal ato, você seja um covarde ou alguém que não possua persistência, isso significa que você não é egoísta e que sabe que por mais que vá sofrer agora, no futuro, irá dar possibilidades dessa pessoa ou desse sentimento, encontrar novos rumos, livre de culpa, livre de mentiras, aberto a coisas novas, livre de sentimentos ruins e cheio de esperança. Cada pessoa que entra na nossa vida nos ensina algo, deixa sua marca em nossa trajetória, marcas que tempo algum pode apagar.

autora: Helena Dornelles

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Deixe a Felicidade entrar


"Deixo o sol bater na cara
Esqueço tudo que me faz mal
Deixo o sol bater no rosto
Que aí o desgosto se vai "

Cidadão Quem - Girassóis

Dizem que você só conhece...


 ...Com quem está ficando quando termina. Então vou dizer que não existe coisa mais bonita do que você terminar um relacionamento e falar para todos os outros que foi ótimo enquanto durou e pronto. Você não precisa dar detalhes da sua vida pessoal e falar sobre o que vocês viveram juntos, aqueles momentos foram só de vocês e devem morrer ali, e isso para mim é o suprassumo da educação, maturidade e respeito por quem esteve ao seu lado por todo esse tempo.
 
autor: site - Entenda os Homens